Moradores de São Bernardo realizaram um protesto nos últimos dias em frente à Secretaria de Finanças, na Avenida Kennedy, em resposta ao leilão de um imóvel público promovido pela Prefeitura. A manifestação criticava a venda de bens públicos pela gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB), que pretende realocar os funcionários da Secretaria de Finanças para a antiga Biblioteca Manoel Bandeira, no Centro Recreativo, Esportivo e Cultural Deputado Odemir Furlan, conhecido como Baetinha.
“Prefeito Morando, São Bernardo não está à venda. Pare de vender os bens públicos”, dizia um dos cartazes exibidos pelos manifestantes.
A Prefeitura de São Bernardo está leiloando a área que atualmente abriga a Secretaria de Finanças e o SBCPrev, instituto de previdência do funcionalismo público municipal. O terreno, dividido em quatro lotes, possui aproximadamente 32 mil metros quadrados e está avaliado em R$ 159,9 milhões. As propostas para a compra dos terrenos foram abertas no dia 1º de agosto e serão aceitas até o próximo dia 27.
A vereadora Ana Nice (PT), que participou do protesto, criticou a venda, destacando que o prefeito já havia vendido o prédio da Secretaria de Educação, uma das mais importantes pastas do município. “O prefeito improvisou um novo local para os funcionários da Secretaria de Educação e agora quer fazer o mesmo com a Secretaria de Finanças. A população de São Bernardo está cansada de ver os bens públicos sendo vendidos”, afirmou a vereadora.
Desde o início de seu mandato em janeiro de 2017, Orlando Morando vendeu ou colocou à venda 38 terrenos públicos. Doze dessas transações foram concluídas, resultando em R$ 423,7 milhões em negociações. Em outubro do ano passado, o Executivo enviou à Câmara um projeto que previa a venda de 23 áreas públicas, incluindo o terreno da Secretaria de Finanças e do SBCPrev. Esses terrenos somavam 141 mil metros quadrados. Nesta semana, a Câmara aprovou a venda de mais quatro terrenos, incluindo um de 14 mil metros quadrados localizado na Estrada Galvão Bueno, no Batistini.