Nesta quarta-feira (11), a morte de Isadora Custódio, 5 anos, que foi alcançada por um galho de árvore enquanto brincava no parquinho do Emeb Lauro Gomes, em São Bernardo, completou um ano. O caso permanece sem conclusão das autoridades e em segredo de Justiça. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ainda examina as diligências produzidas, mas o processo segue sem desfecho.
Em nota, o MP-SP informou que recebeu o inquérito da Polícia Civil de São Bernardo em dezembro de 2023, que não indicou suspeitas. A análise do MP pode resultar em denúncia, arquivamento ou novas diligências. A Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Bernardo, que acompanha o caso, cobra respostas sobre o andamento do inquérito. Advogados apontam que o inquérito não esgotou todas as diligências permitidas e afirma que a sociedade precisa de informações, considerando que uma vida foi perdida.
Antes do incidente, a prefeitura de São Bernardo recebeu várias sugestões de poda de árvores na escola, feitas entre 2018 e 2020, incluindo um pedido da própria Secretaria de Educação. Em 2018, os alunos chegaram a escrever uma carta ao prefeito Orlando Morando pedindo a poda da árvore que caiu e feriu a morte de Isadora. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Ariel de Castro Alves, acredita que houve omissão e negligência da administração municipal. A falta de manutenção, mesmo após alertas, teria contribuído para a tragédia.
Após o acidente, as árvores foram removidas e o parquinho desmontado. No entanto, a falta de acompanhamento psicológico prometido pela escola aos alunos e suas famílias foi criticada pelos pais, que alegam ser descaso por parte da administração escolar.